ELIANE CHIRON
Em 2012 filmei na Tunísia uma criança que fazia um gesto proibido : pegar, sem que sua mãe visse, na parte lisa dos arames farpados que haviam sido instalados na Av. Bourguiba, perto onde ocorria a Revolução.
Eu quis traduzir minha surpresa. A palavra-imagem INTER-DITO suspenderá o fluxo das imagens e evocará uma outra história da qual eu nada sei inicialmente.
No final, o vídeo evocará os traços esquecidos da guerra durante a qual eu nasci mas que não vivi : os arames farpados que delineavam as praias do Atlântico, na França, que eu vi quando tinha quatro anos, depois da II guerra, em 1946.
No embate do fluxo de imagens e das palavras-imagem, criação e destrução estão ligadas de maneira complementar, antagonista e concorrencial.
Entre ver e ler um e outro se embatem, o vídeo se construirá se destruindo. Assim, o vídeo recriará a guerra que eu não vivi.
Artista Plástica, Doutora de Estado, Professora Emérita da Universidade de Paris 1, Panthéon Sorbonne. Realizou numerosas conferências e publicou artigos em collóquios internacionais e revistas de arte (França, Barheïn, Belgica, Brasil, Canadá, China, Coréia do sul, Côte d’Ivoire, Grécia, Italia, Oman, Tunisia). Organizou doze poublicações coletivas. É autora do livro L’énigme du visible. Poïétique des arts visuels (2013). Professora Convidada na Tunísia e no Brasil.
Exposições Individuais recentes
2015
Musée de l'Université du Xinyiang, Urumqi, 4-11
2014
Galeria Mamute, Porto Alegre.
Musée archéologique, USEK, Jounieh, Liban.
Hammamet, Centro Cultural Internacional, Tunisie.
Exposições coletivas recentes (seleção)
2015
International Women Arts Exhibition, Musée de l’Université de Daegu, Corée du Sud.
2013
Museu de Arte Contemporânea do RS, Porto Alegre.
2012
Bienal de Pekin. International Women Arts Exhibition Lights, Gwangju, Coréeia do Sul.
Galeria Virmondes, Uberlandia.
Casa de Cultura UFJF.
Pinacoteca da FEEVALE. Novo Hamburgo, RS
Museu de Arte de Ribeirao Preto, SP.